Centenas de estudantes aproveitaram o sábado de sol para conhecer um pouco mais sobre o país que é o sonho de consumo de diversos jovens do estado. A nona edição do EduCanadá, feira de ensino realizada ontem à tarde, no Fiesta Convention Center, reuniu alunos do ensino médio, universitários e muita gente já formada que sonha em estudar no gelado país norte-americano.
O Canadá é o campeão na preferência dos baianos que querem passar pelo menos alguns meses fora do Brasil. O número de estudantes da terra que vai estudar em cidades como Winnipeg e Vancouver só perde para os alunos de São Paulo e Rio de Janeiro. Não é à toa que o chamado no cartaz promocional era “Descubra porque o Canadá é o destino número 1”. Além de Salvador, apenas a capital paulista e Ribeirão Preto, interior paulista, receberam a feira em 2006.
Os principais interesses dos brasileiros são os cursos de idiomas – seja inglês ou francês, as duas línguas faladas no país –, os cursos de rápida duração e até um semestre inteiro de estudo, pois algumas disciplinas do curso médio realizado lá – o conhecido high school – são reconhecidas pelo Ministério da Educação no Brasil. “Todos querem também ter uma experiência fora do país, o intercâmbio acaba sendo muito bom no futuro profissional de todos eles”, diz Fernanda Purchio, diretora do Centro de Educação Canadense (CEC), organização sediada em São Paulo e promotora do evento, que contou com a presença do embaixador do Canadá no Brasil, Guillermo Rishchynski.
Várias agências em Salvador trabalham com o governo canadense, que incentiva a recepção de estudantes. A idéia é que o investimento nos estudos dos estrangeiros seja revertido em uma boa qualificação dos futuros profissionais que desejem continuar no país. “Ele será um imigrante em potencial, isso é bom para o Canadá”, confirma Fernanda.
Custo de vida baixo e os descontos especiais oferecidos a brasileiros são outras vantagens para quem escolhe o país. Mas a receptividade do povo – trunfo explorado pelo governo canadense – é o que mais atrai os baianos, também famosos quando o assunto é receber bem. A hospitalidade dos canadenses ganha com larga vantagem quando é comparada com a do vizinho Estados Unidos. “A gente consegue ficar muito à vontade, eles são muito legais, me senti totalmente em casa”, lembra Priscilla de Mello, 16 anos, aluna do segundo ano do colégio Módulo e que há três meses chegou do país após uma temporada de dez meses em Winnipeg.
Noticia publicada em 24/09/2006 – Jornal Correio da Bahia
http://www.correiodabahia.com.br/aquisalvador/noticia_impressao.asp?codigo=113041